Escudo espacial
Posição do portavoz do novo Humanismo em África face ao assassinato bárbaro de João Bernardo Vieira, presidente de Guiné Bissau
Posição do portavoz do novo Humanismo em África face ao assassinato bárbaro de João Bernardo Vieira, presidente de Guiné Bissau.
O Portavoz do Movimento Humanista em África expressa a sua indignação pelo condenável assassinato do presidente guineense João Bernardo Vieira, decorrido na manhã da última segunda-feira, 02 de Março corrente.
Para os humanistas, o assassinato de João Vieira representa uma grave ameça à paz em África e agudiza os actos de violência levados a cabo por militares, políticos e outros poderosos.
O bárbaro assassinato de João Vieira, mas conhecido por ¨Nino Vieira¨ põem em causa o processo democrático em direcção ao qual África tinha envergado, desde há alguns anos.
Nós Humanistas de África e de todo o mundo repudiamos a violência por considerar que esta somente agudiza a dor e sofrimento padecidas pela maioria da população guineense, e é uma total desvalorização do ser humano, independentemente do seu estatus social, sua opção ideológico-partidária, sua raça, religião ou nacionalidade.
Exigimos pois que sejam identificados e responsabilizados todos os que moral ou materialmente protagonizaram a morte de ¨Nino Vieira¨. Se nenhuma medida coerente e inteligente for tomada, corre-se o risco de se repetirem situações da mesma natureza não somente dentro de Guiné Bissau, como também em todos os países africanos onde a democracia está ainda por consolidar-se.
Alertamos para a total separação dos poderes dentro dos Estados. De outro modo corre-se o risco de o “poder” militar continuar a ameaçar a integridade dos Estados e a usar as armas para tomar o poder. Igualmente repudiamos o golpe de Estado por considerá-lo desrespeito à opinião e à vontade dos cidadãos, expressada através do sufrágio universal.
Consideramos o assassinato de ¨Nino Vieira¨ um retrocesso ao processo democrático que se verificava naquele país.
Digamos todos: Não à violência, não às guerras.
Michel Ussene
Portavoz do Humanismo para África
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